Francescarlo Meriácolo

Nome: Francescarlo Meriácolo
Idade: 12
Nacionalidade: Romenio (naturalizado americano)
Parente Divino: Hécate

Descrição física: Baixo para sua idade, ainda tem 1,40 m, mas está esperando o “estirão”, pesa singelos 34 quilos, o que gera alguns comentarios de “magricela”. Cabelos loiros escuros, míope, mas sua avó sempre lhe diz o quanto ele é bonitão.
Breve descrição de caráter: Dono de um coração infinitamente caridoso e generoso, porém acanhado, além é claro de ser absolutamente acovardado, medroso, o que significa que tem muitas poucas amizades, já que tem medo de se envergonhar ou de perder os amigos mais adiante, então se comporta com um recluso, talvez pareça um tanto prepotente e esnobe por isso, ainda mais quando se leva em conta a sua inteligência completamente acima de qualquer expectativa, mesmo com pouca idade que tem, sua excepcionalidade prodigiosa o faz parecer um tanto quanto “savant”.

História: Eu nasci no dia 29 de outubro de 1929, uma data que entraria para a história como “terça-feira negra”, o crash de Nova Iorque, na cidade de Sulina, na costa romena do Mar Negro. Meu pai se chamava Victor Meriácolo, historiador, filósofo e antropólogo, especialista em ocultismo, objetos ritualísticos, cultos secretos e história da magia, membro desde 1927 da Guarda de Ferro, movimento de extrema-direita na Romênia, desfrutava de um certo prestígio dado o seu sucesso acadêmico, estranho prestígio esse que não foi abalado mesmo quando apareceu comigo, seu filho, mesmo sem nunca ter casado, mesmo a Guarda de Ferro sendo um movimento bastante conservador, desde muito cedo eu fui educado em casa, e nunca na escola comum, pois meu pai me dizia que eu estava destinado a grandeza, e as pequenas escolas romenas só serviam abrigar mentes pequenas, portanto desde que eu aprendi a falar, tenho sido intruido nos mais diversos campos do conhecimento humano, ao ponto de que hoje me pergunto se eu sou realmente um prodígio, ou se fui moldado desta forma como sou por uma educação atípica.
Em 1934 nos mudamos para Bucareste, onde meu pai passou a ser o homem do Führer na Legião do Arcanjo Miguel, principalmente por que o líder alemão se interessava muito pela pesquisa de meu pai em Magia e itens mágicos, as articulações da Legião foram se intensificando assim como os meus estudos até 1939, quando passamos a rotineiramente fazer viagens regulares a cada dois meses a Wolfsschanze, para a entrega de relatórios eu presumo, por essa época meu pai começou a beber muito, parecia nunca dormir e suas olheiras se tornavam cada vez mais profundas e sombrias, assim como sua personalidade, enquanto eu, sempre em seu encalço passei a ser chamado pelos legionários de “Klein Zauberer”, O pequeno mago, o estranho filho de “vrăjitorul”, ou “vrăjitorul românsc”, O mago, cada vez mais ele se distanciava das pessoas, inclusive de mim, para se aprofundar cada vez mais em manuscritos e tábuas de adobe, apesar de ter mantido, a distância, o rigor na cobrança de meus estudos.
Em 1940 um golpe criou o ”Estado nacional Legionário”, a tensões eram tremenda em toda a Europa, em 41 entretanto, aș disputas vorazes pelo poder levaram a uma série de assassinatos dentro da própria Legião, meu pai me arrasta para o monte Moldoveanu, pois era certo que a cabeça do temível “vrăjitorul” estava a prêmio também, e foi ai que eu a vi pela primeira vez, temível, sábia e amável ao mesmo tempo, uma mulher que eu já parecia ter visto milhares de vezes antes mas sempre em sonhos, ela e meu pai discutiram pelo que pareceram ser dias em uma língua que eu não consegui entender, uma tempestade fustigava ferozmente a cabana onde nos abrigávamos, o fogo na lareira parecia relampejar em roxo cada vez que a mulher elevava sua voz, mas também parecia minguara ssim com aș energias de meu pai, que pela primeira vez em minha vida, abandonava sua postura ereta e altiva, e agora se encarquilhava como um velho, e por mais pesado que fosse o granizo la fora, eu conhecia bem de mais o que era viver em uma guerra, convivendo minha vida toda com os homens da Guarda de Ferro, eu não precisei de muito para notar os sons de tiros, estávamos sendo alvejados, mas mais chocante do que isso foi ver a realidade sendo quebrada bem diante dos meus olhos, quando estampido dos tiros foi abafado pelo alto som causado pelo tapa que a senhora deu na face de um minguado “vrăjitorul”, e eu posso jurar, como se esse evento tivesse sido ontem que enquanto ela fazia isso a lareira queimava roxa, agora mais forte, eseu rosto parecia ter de dividido em três, uma velha, uma jovem e uma matrona pareciam dividir um mesmo corpo, e mais incrível disso tudo foi que eu não tive medo algum quando ela se virou para mim, sorriu, se aproximou e estendendo a mão pareceu rasgar a realidade mais uma vez para me transportar para um outro lugar, instantaneamente, minha mente trabalhava o mais rápido possível, eu estava diante da Triplice, a grande mãe da magia, e ela acabava de me transportar instantaneamente ate a America do norte, ou pelo menos foi o que eu deduzi pela botânica que pude observar ao nosso redor em um ambiente árido numa noite fresca de inverno, assim salvando minha vida da emboscada armada para meu pai.
Naquela noite minha vida inteira mudou, caminhamos pela terra nua enquanto conversávamos, ela me disse que havia me confiado aos cuidados de meu pai pois ele era um jovem de inconfundível talento para os estudos de magia, mas seu coração havia se perdido no caminho, disse que eu era uma criança especial, um semideus, criou um espelho para que eu visse seu simbolo queimando em chamas roxas sobre minha cabeça, me marcando com seu herói, mas disse que eu precisaria ser paciente por ela, pois o destino do mundo mortal estava por um fio em um evento cataclísmico, uma guerra como nunca antes vista, logo chegávamos a uma cidadezinha com alguns saloons, e paramos diante de uma estalagem chamada  ”Lótus: Jogos e estalagem”, o lugar era incrível, sofás muito macios, mesas com duzias de jogos de tabuleiros e até alguns caça-niqueis, mas o mais incrível era a vastíssima biblioteca no sub-solo, Ela me disse que aguardasse ali por ela, que ela pagaria por minha estadia e voltaria por mim logo, eu sou Francescarlo Meriácolo, filho de Hecate e isso foi em 22 de junho de 1941.